21/12/12

TEATRINHO: AS FLORES

Jardineiro: Como vão meninos? Como vão meninas? Uma nova luta se inicia. Devo desejar-lhes antes um Bom Dia! Cravo: (dá um passo à frente) Neste momento solene, eu represento o canteiro e digo em nome das flores: bom dia, seu jardineiro! Jardineiro: Muito bem, muito bem, hoje estou satisfeito...( se aproxima do amor-perfeito)como está bonito o nosso amor-perfeito! Amor-perfeito: Na verdade estou feliz, no perfume e no matiz! Jardineiro: (se aproxima da rosa) E a Rosa? Como vai? Ah, a linda princesa vai bem, está bonita e feliz com certeza! Rosa: ( muito nervosa) Vou bem, mas estou com medo, e é necessário que eu diga: cuidado seu jardineiro, anda a rondar o canteiro uma terrível formiga! Jardineiro: Formiga? Ai não me diga! Essa é a grande inimiga desta família amiga. É necessário e urgente que eu persiga essa horrenda mendiga que se chama formiga. Eu não posso dormir, se eu dormir, ai de mim. A formiga dá cabo ao jardim.( bocejar) Ah! Que sono danado! Que sono! Tenho até medo! Ontem dormi muito tarde, hoje acordei muito cedo! Violeta: Cuidado seu jardineiro! A formiga é nossa inimiga, se o Sr pega no sono, ela dá cabo de nós. Abelha: Amo as flores e gosto delas, sou delas e sou fiel, dos beijos dados às furtelas faço meus doces favos de mel Eu sou poeta, gosto das flores e elas, é certo, gostam de mim, de beijo em beijo na manhã clara, dos meus passeios pelo jardim... Jardineiro: ( não podendo vencer o sono) Ai que sono, estou cansado! Trabalhar? Que leve à breca! Eu estou mesmo parado, vou tirar uma soneca...ai que sono!(deita-se) Com licença, deito mesmo neste pó, o trabalho não compensa, vou dormir um pouco só. Formiga: Jardineiro está dormindo, hoje o dia está pra mim... vou destruir uma por uma essas flores do jardim. Todos sabem, sou malvada e destruo sem ter dó, destas flores, acreditem, não vai ficar uma só. Cravo: (muito aflito) O jardineiro dormiu e não ouve a nossa voz Jardineiro, jardineiro... ele dorme o dia inteiro Ai que coisa horrível...ai o que será de nós?... Rosa: ( chorando) Vou perder as minha folhas, vou ficar despetalada a formiga é florescida, como dói a ferroada... Dói sim, minhas crianças, não estou mentindo não Dói assim como a picada de uma agulha de injeção Já não posso mais falar Acho que vou desmaiar Formiga: (rindo ironicamente se aproxima da violeta) Vou começar o serviço A coisa vai ficar preta E logo vou dar sumiço nesta linda violeta. ( olha para a platéia) Não me chame de assassina E não me façam careta Vou começar a ruína, vou matar a violeta (Entra a abelha) Abelha: Ah, não posso permitir esse golpe traiçoeiro Isso é hora de dormir? ( grita) Acorde, seu jardineiro! Ah, mas que sono pesado, gritar não adianta nada, O ferrão vai começar Tome sua ferroada!!! Jardineiro: (o jardineiro acorda assustado) Hein? Que? Não acredito! A formiga no jardim? Se eu dormisse mais um pouco, senhores, pobre de mim ( jardineiro pega o inseticida) Formiga: Não me mate, não me mate que eu prometo não voltar Ai, não faça, por favor, essa bomba funcionar! Jardineiro: Assassina perigosa, não adianta lamentar Pelo cravo, pela rosa, hoje eu vou te matar. (As flores cantam felizes)